Saúde em Contexto
  • Home
  • Quem Somos
  • Blog
    • Gestão de Projetos em Saúde
    • Medical Affairs
    • Pesquisa Clínica
    • Pesquisa Científica
    • Saúde Geral
    • Infográficos
  • Eventos
  • Vídeos
  • Books
  • Contato
Sem Resultados
Ver todos os Resultados

Nenhum produto no carrinho.

  • Home
  • Quem Somos
  • Blog
    • Gestão de Projetos em Saúde
    • Medical Affairs
    • Pesquisa Clínica
    • Pesquisa Científica
    • Saúde Geral
    • Infográficos
  • Eventos
  • Vídeos
  • Books
  • Contato
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
Saúde em Contexto
Sem Resultados
Ver todos os Resultados

Estudos Clínicos em Doenças Raras – Desafios e Oportunidades

Apesar dos números pequenos, sabe-se que aproximadamente 3.5%-5.9% da população mundial é afetada por alguma das mais de 6.000 doenças raras descritas. Justificando a importância do desenvolvimento de novas medicações para essas doenças e a necessidade da condução de estudos clínicos nessa população rara. No Brasil, de acordo com a ANVISA (RDC 205/17), as doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos.

Marina Bendit Szacher por Marina Bendit Szacher
8 de dezembro de 2020
em Pesquisa Clínica
0
doencas raras
FacebookTwitter

Doenças raras são definidas como condições anormais que afetam a saúde das pessoas e são pouco frequentes. A definição de doença rara varia de país para país.

  • Nos Estados Unidos, de acordo com o Orphan Drug Act de 1983, uma doença é considerada rara se atingir menos de 200.000 indivíduos.
  • Na Europa, a doença é classificada como rara se atingir menos de 1 indivíduo em 2.000 (European Commission).
  • No Brasil, de acordo com a ANVISA (RDC 205/17), as doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos.

Além da definição de doença rara, no Brasil ainda existe a classificação de doença ultrarrara. Essa classificação foi feita pela CONEP (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa) em 2017 (Res 563 de 10/Nov/2017) que considera a doença ultrarrara como sendo doença crônica, debilitante ou que ameace a vida, com incidência menor ou igual a 1 caso para cada 50.000 habitantes.

Apesar dos números pequenos, sabe-se que aproximadamente 3.5%-5.9% da população mundial é afetada por alguma das mais de 6.000 doenças raras descritas. Dito isso, é nítida a importância do desenvolvimento de novas drogas para essas doenças e a necessidade da condução de estudos clínicos nessa população rara.

Conduzir um estudo clínico não é uma tarefa fácil e nem simples. Quando pensamos em estudos clínicos para doenças raras, isso pode ser ainda mais desafiador. Como o próprio nome já diz, se a doença é rara, os pacientes também serão.

A primeira grande implicação disso é que não será possível ter grandes populações para se comprovar eficácia e segurança como é feito em estudos para medicamentos para doenças cardiovasculares, por exemplo.

Desenhos padrões de estudos clínicos, não necessariamente são a melhor opção para estudos com doenças raras, sendo necessário opções alternativas, onde se utilizam de artifícios estatísticos, bem como utilizam dados existentes da literatura ou de estudos de vida real para serem braços comparadores e assim permitindo um resultado aceitável pelas agências reguladoras. Alguns outros desafios comumente encontrados são:

  • Os estudos normalmente estão espalhados por diversos países e centros de pesquisa, onde cada centro contribuirá com poucos pacientes, as vezes 1 apenas. Isso muitas vezes pode aumentar o custo do estudo e complicar a logística de envio de materiais e produto investigativo.
  • Recrutamento dos pacientes e posterior administração da medicação: muitas vezes esses pacientes residem afastados dos centros de pesquisa (outras cidades, estados), o que implica num deslocamento maior que pode ser impactado pela condição debilitante que algumas doenças provocam.
  • Número muito alto de exames e procedimentos e cada vez mais de questionários (conhecidos como PROs – patient reported outcomes) a serem preenchidos seja pelo paciente e/ou cuidador ou pelo médico. Esses questionários podem até causar um certo stress nos pacientes, mas eles são de extrema importância para o melhor entendimento da doença bem como do novo tratamento.

Sim, existem muitos desafios na condução desses estudos, acima listei apenas alguns, mas existem também oportunidades.

Essas oportunidades podem ser tanto para os médicos e profissionais de saúde que desenvolvem e conduzem os estudos e principalmente para os pacientes.

Médicos e profissionais de saúde terão que, muitas vezes sair da sua zona de conforto, e aprender a utilizar métodos estatísticos diferentes, usar tecnologias novas para aplicação de questionários, implementar uma administração de medicação na residência do paciente para evitar deslocamento e até mesmo realizar visita do estudo de forma remota para o melhor conforto desse paciente.

Para os pacientes, muitas vezes a possibilidade de participar em estudo clínico é a única chance de ele ter um diagnóstico correto, um acompanhamento com profissionais qualificados e acima de tudo um tratamento que fará a diferença na sua vida. Muitos pacientes com doenças raras, tratam apenas os sintomas da doença e não a doença propriamente dita. Por isso, é de extremo valor e importância que as indústrias farmacêuticas e de biotecnologia continuem investindo no desenvolvimento de medicamentos para doenças raras e que os órgãos regulatórios continuem  incentivando e ajudando, seja através de exclusividade de mercado, menor tempo de aprovação de dossiê, ações conjuntas no acesso após o estudo, entre outras formas, para que cada vez mais, pacientes com doenças raras tenham opções de tratamentos eficazes e possam levar a vida da melhor forma possível.

Para saber mais:

https://www.nature.com/articles/s41431-019-0508-0

https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2017/Reso563.pdf

http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_205_2017_.pdf/996fc46e-216b-44ab-b8c8-2778151b786e

https://www.fda.gov/industry/designating-orphan-product-drugs-and-biological-products/e-cfr-21-part-316-orphan-drug-orphan-drug-act-1983

https://ec.europa.eu/health/non_communicable_diseases/rare_diseases_en

https://www.rarediseaseday.org/article/what-is-a-rare-disease

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47572019000200305

Tags: doença ultrarraradoenças rarasensaio.pacientespesquisa clínicapesquisadorpopulaçãoprofissionais de saúde

Artigos Relacionados

Aplicativos de transporte ajudam na condução de estudo clínico
Pesquisa Clínica

Aplicativos de transporte ajudam na condução de estudo clínico

Diversidade e Inclusão nos Estudos Clínicos
Estudos Clínicos

Diversidade e Inclusão nos Estudos Clínicos

Estudos de vida real: o que são e qual o seu impacto?
Pesquisa Clínica

Estudos de vida real: o que são e qual o seu impacto?

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+Lidas

  • Como se tornar um Medical Science Liaison (MSL)?

    Como se tornar um Medical Science Liaison (MSL)?

    14 shares
    Share 6 Tweet 4
  • Qual é a avaliação que o profissional médico faz da atividade do MSL?

    5 shares
    Share 2 Tweet 1
  • Pesquisa básica e pesquisa aplicada: qual a diferença?

    4 shares
    Share 2 Tweet 1
  • Você conhece as cores da biotecnologia?

    3 shares
    Share 1 Tweet 1
  • Quais são os parâmetros que compõe o Hemograma?

    3 shares
    Share 1 Tweet 1

+ Recentes

Como podemos evitar a demência?

Como podemos evitar a demência?

Aplicativos de transporte ajudam na condução de estudo clínico

Aplicativos de transporte ajudam na condução de estudo clínico

Será que os adoçantes são seguros para saúde?

Será que os adoçantes são seguros para saúde?

Tags

alimentação alimentos ANVISA Boas Práticas Clínicas boas práticas em projetos ciência comunicação COVID-19 custos câncer dados desenvolvimento de P&D eficácia envelhecimento estudos clínicos eventos adversos evidencia científica farmacocinética FDA. gestão de projetos gestão de projetos em saúde ICH inclusão informação intestino Medical Science Liaison medicamento medicamentos. metabolismo MSL oncologia pacientes pesquisa cientifica pesquisa clínica prazo profissionais da saúde. profissionais de saúde RDC resolução saciedade saude da mulher saudável Saúde saúde mental sucesso.

Receba nossos conteúdos

Logo SC-rodape

Informação de valor e rápida para auxiliar o
profissional de saúde na construção de sua carreira

Home

Quem Somos

Blog

Eventos

Vídeos

Books

Contato

Blog

Pesquisa Clínica

Saúde em Geral

Pesquisa Científica

MSL

Infográficos

Copyright © 2020 Saúde em contexto. Todos os direitos reservados.

Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • Home
  • Quem Somos
  • Blog
    • Blog
    • Gestão de Projetos em Saúde
    • Medical Affairs
    • Pesquisa Clínica
    • Pesquisa Científica
    • Saúde Geral
    • Infográficos
  • Eventos
  • Vídeos
  • Books
  • Contato

© 2020 - Todos os direitos Reservados